Que coisa tão louca,
beijar tua boca
e dela beber,
o doce pecado
desse paladar desvairado,
que sabe a querer...
Tuas mãos em meus seios
entrelaçam anseios,
deixando aflorar
o aroma da pele
que se transforma em mel
ao teu deslizar...
Devastas-me o ventre
com o desejo ardente,
de nele receber
a tua firmeza
de soberba beleza
em que me quero embeber...
Explora-me as entranhas
com essas vontades estranhas
de fazeres de mim,
fera encarcerada
mulher dominada
que se oferece a ti...
Varro em gemidos
os deleites contidos
de um corpo em ardor,
por ti infectado
completamente viciado
por estes deliríos de amor...
*** Ártemis ***
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