lancei-as para longe, para fora de mim...não resta nada, nem uma se quer para lembrar ou simplesmente esquecer...
Hoje sou pele, apenas e só pele...por entre a qual os sentidos rodopiam chegando mesmo a confundirem-se...
Hoje só a alma vê, só ela sente, só ela me arremessa os cheiros e os sabores do mundo, só a ela eu permito estar perto...
Perto mas em silêncio, porque hoje dei descanso às palavras...às bonitas que fazem sonhar...às tristes que arranham o coração...até as vãs eu esconjurei de mim!
Hoje quero ter-me sem adornos...possuir-me sem motivo...deitar-me sobre mim e repousar em mim...
Hoje sou só eu...vou conjugar todos os verbos na primeira pessoa do singular...em todos os tempos...
Hoje reúno em mim o mundo todo...
*** Ártemis ***
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