Deixa-te cair,
sobre as minhas mãos cansadas
preciso renovar a minha esperança,
nas tuas águas sagradas...
Cai ao de leve,
para que te sinta deslizar,
por entre os meus dedos magoados,
necessito de os sarar...
A vida é dura,
faz-me segurá-la com firmeza,
quantas vezes para a agarrar,
mostro eu a minha fraqueza...
De palmas viradas aos céus,
aguardo a tua chegada,
que sejam as minhas mãos,
a tua cama tão desejada...
Vem limpar-me do mundo,
chuva que cais só em mim,
tu não me molhas, enxugas,
as minhas magoas sem fim...
*** Ártemis ***
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