Que desejo é este que chega e nos devora
não escolhendo a hora,
e que nos condena ao amor...
Que perturbação tão feroz
que se apodera de nós,
deixando nos corpos fervor...
Amamo-nos entre as curvas do coração
conduzidos pela paixão
que nos ensopa em suor...
a pele destemperada,
que soluça desalmada
em suspiros de tremor...
Nesta estrada do sentir,
queremos sempre seguir
decapitando a razão...
o destino é parte incerta
por esta paisagem deserta
banhada de ilusão...
Retalhamos este desejo
que as bocas rasgam num beijo,
desventrando o prazer...
humedecendo assim a luxúria
que o pecado injuria
torturando o querer...
*** Ártemis ***
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