Quantas esperei de ti,
sem nunca chegarem,
talvez as tivesses escrito, não sei,
mas sei que se perderam entre a tua vontade e o vazio,
onde sempre me guardaste...
eu escrevi-te,
cartas com palavras,
com letras arrancadas da alma,
cartas de amor,
ridículas como todas elas o são,
belas como só elas conseguem ser...
escrevi à media luz do meu sentir,
e quantas vezes borrei o papel,
quando o teu nome me saltava dos olhos,
sem que eu o conseguisse segurar...
mas tu nunca as leste,
estavam endereçadas ao teu coração,
mas esse à muito que não tinha morada certa...
Voltaram sempre às minhas mãos,
esses pedaços de mim que te enviei,
ainda mais ridículas, ainda mais belas...
traziam tristeza presa nas linhas,
substituindo a esperança que enrosquei nas frases,
quando te falei de amor,
do meu amor...
*** Ártemis ***
Declamo-te...
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