Deixei a janela entre aberta,
só para te ouvir chegar,
soltas-te tão leve do céu,
que parece que vens a voar...
beijas a terra e as flores,
com gotas da tua dor,
ninguém sabe porque choras,
se é de saudade ou de desamor...
o certo é que alegria não trazes,
presa nas tuas águas,
eu consigo sentir ao escutar-te,
o sussurrar das tuas mágoas...
Quero molhar-me de ti,
para dividires comigo
o peso que tu carregas,
que me parece castigo...
Não sei que mal te consome,
oh chuva que desces do céu,
tão cruel é teu destino,
que sina que Deus te deu...
Vens com cheiro de morte,
mas és tu quem dás a vida,
que ironia tão grande,
vivermos da tua ferida...
*** Ártemis ***
Declamo-te...
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