o que o desejo te peça,
e sem qualquer pressa,
deixa-te ir...
deixa a vontade reinar,
eu contigo quero inventar,
outras formas de me vir...
quero proibir a razão,
entregar-me à tesão,
dos corpos a exigir...
Faz comigo,
o que tem de ser feito,
quero tudo a que tenho direito,
o meu corpo no teu fundir...
dá-me a tua loucura,
sem medo porque a censura,
de nós ainda se há de rir...
dá tudo e mais um pouco,
eu quero o meu corpo louco,
sem ter por onde fugir...
Faz comigo,
coisas depravadas,
deixa-me as entranhas ensopadas,
eu preciso banir,
do meu corpo os demónios,
que me fodem os neurónios,
e me levam concluir,
que tenho mente de puta,
num corpo de mulher astuta,
que precisa auferir,
do teu corpo o sustento,
da tua alma o sofrimento,
desta vontade a ferir
a pele já ela rasgada,
pela depravação açoitada,
pelo prazer do sentir...
*** Ártemis ***
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