em que o teu falo portento
se aloja em mim,
rasgando com vigor
aproximando o prazer à dor
conturbando tudo em mim...
sinto do teu corpo os impulsos
tuas mãos desenham abusos
pelas minhas ancas a gingar,
pelo comando da tua vontade
que sem nenhuma bondade
se vai em mim enterrar...
seguras com firmeza
esquecendo a delicadeza
o meu corpo quer-te assim,
pérfido e descontrolado
desafiando o ousado
desejo que se solta de mim...
sussurros maliciosos
atiçam impetuosos
a aliança dos sentidos,
cheiro, sabor, olhares e textura
completam essa tortura
que desembarga em gemidos...
a dureza e a tua robustez
me aproximam de vez
do mais delicioso sentir,
as tuas veias dilatadas
humedecidas e conspurcadas
me fazem delinquir...
venho-me sem contenção
aliviando a tesão
deste corpo cheio de manhas,
e recebo o teu fervor
liquido e perburbador
me inundar as entranhas...
*** Ártemis ***
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