Corpos desenhados na noite,
salpicando a escuridão...
tinta de amor que escorre
pelas fendas do coração...
Silhuetas se desdobram
em profundos labirintos
deixando o desejo solto
entre levianos instintos...
Dos ventres delinquientes
jorra lânguida a paixão
molhando o desespero
das carnes em união...
das bocas a salivar
pelo prazer que espreita,
a pele já a queimar...
Dá-se tudo e muito mais
em nome dessa loucura
que de tão bem fazer
não queremos dela ter cura...
Que a noite se pinte de nós
como dela nós nos pintamos
deixando silhuetas cravadas
nas madrugadas que adornamos...
*** Ártemis ***
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