que mesmo quando não te presencio, tu estás ai,
a envolver-me com o teu olhar, a proteger-me com o teu querer...
É bom saber...
que mesmo quando o meu corpo veste-se de mundo, tu desfloras a minha nudez,
e possuis-me com o teu desejo...
É bom saber...
que mesmo no meio da multidão, tu extorques a minha imagem e fazes dela a prisão
dos teus segredos mais castigáveis...
É bom saber...
que te pertenço no simples tremeluzir dos teus olhos e que me guardas entre o sagrado e profano da tua alma...
É bom saber...
que fazes amor comigo mesmo quando não me tocas...que te encerras na lembrança da minha pele...que e te inauguras nas formas da minha carne...
É bom saber...
que quando abandono o teu olhar, quando o adeus é expressão do desespero, não sigo só...levo comigo o brilho com que me destapaste...
*** Ártemis ***
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