de desligar-me e ligar-me,
a meu belo prazer...
mas sou demasiado humana,
demasiado mulher,
não consigo ignorar o mundo,
e o que ele me dá a ver...
Quisera eu,
por vezes não sentir,
só para não sofrer em vão,
mas o meu coração não cabe no peito,
tenho que o trazer na mão...
e aqui anda ele,
exposto como numa vitrina,
todos olham mas não vêem,
onde ele começa e onde termina...
Quisera eu,
poder descansar,
dessa fome que tem o mundo,
beber-me somente a mim,
dentro de um sono profundo...
mas quem sente a vida como eu,
não consegue viver a fugir,
que venham os sentimentos todos,
eu para viver preciso sentir...
*** Ártemis ***
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